quinta-feira, 19 de abril de 2012

Artigos e Textos

  • Da ascese à bio-ascese ou do corpo submetido à submissão ao corpo - Francisco Ortega
  • "Del poder de soberanía al poder sobre la vida", en Geneologia del racismo - Foucault

  • O Existencialismo é um humanismo, por Jean-paul Sartre, traduzição de Rita Correia Guedes.

  • Biopolítica Peter Pál Pelbart 
Artigo de Saulo Eduardo Ribeiro na Revista Impulso - UNIMEP.

Ensino de Filosofia na Escola: (im)possibilidades ante a crise da modernidade.


Resumo: Neste artigo, pretende-se pensar as (im) possibilidades do ensino de filosofa e, principalmente, da experiência filosófica na escola desde a perspectiva foucaultiana. Nesse sentido, esta temática desenvolve-se a partir de duas questões, a saber: (a) de que modo o ensino e a prática docente em filosofa na escola  têm  funcionado e acontecido?  (b) quais são as alternativas para que esse ensino venha a funcionar e acontecer de outras maneiras? Na primeira questão, discute-se a situação desse ensino na escola ante a crise da modernidade. Assim, em um primeiro momento, procurar-se-á pensar o processo de subjetivação no ensino de filosofa em  relação ao processo de produção do sujeito moderno normalizado. Em seguida, analisar-se-á as (im)possibilidades de o ensino de filosofia constituir-se como experiência filosófica ante a crise dos padrões de experiência da modernidade. Na segunda questão, referenciando-se na produção filosófica do chamado “terceiro Foucault”, procuar-se-á visualizar uma alternativa para o ensino de filosofa que, a partir de uma ética e de uma estética  imanente do cuidado de si, possibilite pensar outras formas de produção de subjetividade.
Palavras-chave:  ensino;  filosofia;  crise;  modernidade; Foucault; cuidado de si.


http://www.4shared.com/office/FtZS_7UR/Saulo_ribeiro.html
Filmes trabalhados pelo GT Filosofia e CINEMA, com os alunos na escola Edna May 


À procura da felicidade

Gênero: Drama

Direção: Gabriele Muccino

Ano: 2006

Duração: 117 min

País: Estados Unidos

Sinopse: À Procura da Felicidade, conta a história de Chris Gardner, um homem obstinado que luta para sobreviver e sustentar seu filho mesmo sob as mais duras condições, sem que isso o faça ignorar os principais valores nem perder as esperanças. Gardner encontra-se nas mais desesperadas situações, sob constante pressão financeira, chegando a dormir no banheiro de uma estação de metrô e depois em abrigos. Nessa jornada angustiante, é abandonado pela mulher, tendo que criar o filho sozinho. Mas nada o impede de manter o carinho e passar valiosas lições para seu filho, que depositara total confiança no pai. Os obstáculos parecem intransponíveis, mas a força de vontade de Gardner é ainda maior.
O filme retrata o "sonho americano", onde o trabalho duro individual pode levar qualquer um longe na terra das oportunidades. Logo de início, Gardner avista um senhor saindo de uma Ferrari em frente a um prédio comercial. Todos à sua volta pareciam felizes. Ele pergunta ao desconhecido o que ele fazia para poder ter aquilo, e a resposta muda sua vida. O homem diz que era corretor de ações, e que para tanto bastava ser bom com números e com pessoas. Gardner coloca na sua mente então que chegará lá um dia, e parte para um processo obstinado de tentativa, superando os mais absurdos obstáculos.

Temas transversais: felicidade, amor, alienação e trabalho.

Objetivo do uso de filme: Este filme foi utilizado com o intuito de discutir, em um primeiro plano, a felicidade como um ideal a ser alcançado e, posteriormente, o movimento em direção a sua realização. Partindo dessa perspectiva, esse filme possibilitou que trabalhássemos com a noção epicurista de felicidade contrastando-a com a teoria marxista da alienação, estabelecendo, assim, uma distinção entre a normatividade do “dever ser” e a efetividade do “ser” no que tange a busca e a realização da felicidade. 


Àgora

Gêneros: Drama; História

Direção: Alejandro Amenábar

Ano: 2009

Duração: 127 min

País: Espanha

Sinopse: Século IV. No Egipto, sob o poder do Império Romano, violentos confrontos sociais e religiosos invadem as ruas de Alexandria. Presa entre paredes, sem poder sair da lendária livraria da cidade, a brilhante astrônoma, Hypatia, com a ajuda dos seus discípulos, faz tudo para salvar os documentos da sabedoria do Antigo Mundo. Entre os discípulos, encontram-se dois homens que disputam o seu coração: o inteligente e privilegiado Orestes e o jovem Davus, escravo de Hypatia, dividido entre o amor secreto que nutre por ela e a liberdade que poderá ter ao juntar-se à imparável vaga de Cristãos.

Temas transversais: religiosidade, ideologia, liberdade, gênero, ciência e guerra.

Objetivo do uso de filme: Este filme foi utilizado por que ele permite embarcar numa viajem fantástica ao universo cultural grego, assim como às incríveis batalhas travadas entre ciência e religião. Além disso, ele permite explorarmos a imagem da mulher como filósofa que se vê jogada no ostracismo intelectual devido aos preconceitos da época, apontando assim algumas relações entre ciência e ideologia.

Ilha das flores

Gênero: Documentário; Experimental

Direção: Jorge Furtado

Ano: 1989

Duração: 13 min

País: Brasil

Sinopse: Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. Este filme retrata a sociedade atual, tendo como enfoque seus problemas de ordem sociais, econômicas e culturais, na medida em que contrasta a força do apelo consumista, os desvios culturais retratados no desperdício, e o preço da liberdade do homem, enquanto um ser individual e responsável pela própria sobrevivência. Através da demonstração do consumo e desperdício diários de materiais (lixo), o autor aborda toda a questão da evolução social de indivíduo, em todos os sentidos. Torna evidente ainda todos os excessos decorrentes do poder exercido pelo dinheiro, numa sociedade onde a relação opressão e oprimido é alimentada pela falsa idéia de liberdade de uns, em contraposição à sobrevivência monitorada de outros.

Temas transversais: felicidade, liberdade, classes sociais, alienação, trabalho e ecologia.

Objetivo do uso de filme: Este filme foi utilizado para podermos discutir os conceitos de liberdade e democracia, estabelecendo a distinção entre liberdade formal (jurídica) e liberdade substancial (efetiva, real). Além disso, esse filme permitiu-nos fazer alguns elos de ligação entre os conceitos de liberdade, classes sociais, trabalho e alienação.
  
Leviatã

Gênero: drama

Direção: Camilo Cavalcante

Ano: 1999

Duração: 20 min

País: Brasil

Sinopse: Um retirante nordestino em São Paulo. Alguém que só queria ver o céu. Um homem que foi engolido pela cidade. Um poeta esmagado pela rotina medíocre. Essa é mais uma história do povo sofrido e miserável que vê a cidade grande como o caminho da felicidade, mas que se descobre completamente desamparado, perdido, atordoado, frente à mecânica das relações sociais baseadas no individualismo, na indiferença e na ganância.

Temas transversais: migração, felicidade, alienação, tempo, morte, democracia.

Objetivo do uso de filme: A utilização deste filme teve o intuito de possibilitar uma discussão sobre os conceitos de felicidade e alienação sob a perspectiva das migrações populacionais. Além disso, esse filme permitiu-nos discutir transversalmente as noções de tempo (sob a perspectiva de uma grande metrópole como São Paulo) e de morte (já que o personagem principal, narrador do filme, diz ter tido duas mortes, a primeira espiritual e a segunda carnal).

O dia em que Dorival encarou a guarda

Gênero: Ficção

Direção: Jorge Furtado, José Pedro Goulart

Ano: 1986

Duração: 14 min

País: Brasil

Sinopse: Numa prisão militar, numa noite de muito calor, o negro Dorival tem apenas uma vontade: tomar um banho. Todavia, o preso esbarra na negativa dos guardas, embora estes não consigam justificar para Dorival a razão que o impede de tomar o banho. Para consegui-lo, vai ter que enfrentar um soldadinho assustado, um cabo com mania de herói, um sargento com saudade da namorada e um tenente cheio de prepotência – e acabar com a tranqüilidade daquela noite no quartel.

Temas transversais: hierarquia, epistemologia, poder e violência.

Objetivo do uso de filme: Este filme foi utilizado por que ele, de certa forma, retrata uma autêntica atitude filosófica, isto é, a atitude questionadora que não se contenta com respostas como “sim por que sim” ou “não por que não”, e que vai em busca de justificativas plausíveis para as respostas encontradas. Além disso, o filme permite-nos explorar as relações ente conhecimento, hierarquia e poder.

O xadrez das cores

Gênero: Ficção

Direção: Marco Schiavon

Ano: 2004

Duração: 22 min

País: Brasil

Sinopse: Cida, uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Maria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. Cida atura a tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um jogo de xadrez.

Temas transversais: Igualdade, racismo e democracia.

Objetivo do uso de filme: Estabelecer uma discussão acerca da igualdade a partir da perspectiva racista para podermos confrontá-la com uma anti-racista. Além disso, este filme permite-nos explorar a relação entre racismo e riqueza, assim como explorar o conceito de negritude.
 
Panteras negras

Gênero: drama, história

Direção: Mario Van Peebles

Ano: 1995

Duração: 123 min

País: Estados Unidos

Sinopse: Oakland, Califórnia, 1967. Huey Newton (Marcus Chong) e Bobby Seale (Courtney B. Vance) são amigos, que formam um novo partido dedicado em proteger os negros das violentas arbitrariedades dos policiais brancos. O Partido dos Panteras Negras de Autodefesa dá almoço grátis para as crianças, educa a comunidade afro-americana em se conscientizar dos seus direitos, faz o que pode para tirar das ruas os traficantes de drogas e enfrenta a polícia de Oakland (que é extremamente racista) quando desrespeita os direitos civis dos negros. O partido faz tudo isto sem transgredir alguma lei. Logo brancos conservadores começam se sentir incomodados e planejam se livrar desta "ameaça", mesmo que tenham de desrespeitar a lei.

Temas transversais: racismo, drogas, movimentos sociais e democracia.

Objetivo do uso de filme: Trabalhar o universo extra-parlamentar da política a partir do conceito de igualdade, estabelecendo uma distinção entre igualdade formal (jurídica) e igual substantiva (efetiva, real).
 
Surplus: aterrorizados pelo consumo

Gênero: documentário, experimentral

Direção: Erik Gandini

Ano: 2003

Duração: 54 minutos

País: Suécia

Sinopse: O documentário Surplus foi produzido em 2003 e faz uma forte crítica ao consumo desenfreado nos dias de hoje. O diretor Erik Gandini apresenta fatos durante as filmagens que comprovam a ganância do homem em gerar lucro e girar a máquina do consumo, sem respeitar nenhum princípio ético e moral.
A utilização das imagens com sons ao fundo traz um impacto ainda maior sobre o assunto. O ponto mais assustador deste documentário é a forma com que o mercado capitalista destrói o meio ambiente para que a indústria continue a produzir para chegar ao objetivo final: ampliar o lucro e abastecer a necessidade gigantesca das pessoas de consumir.
O Surplus também apresenta a publicidade e a propaganda como armas fundamentais para que o crescimento do mercado e do crédito de compra. Ela influencia e distorce diversas ideias, sem mostrar a realidade cruel que o planeta sofre em ter que suportar a degradação de recursos naturais.
O dinheiro é a ferramenta que move todo esse problema. Durante o filme, histórias são colocadas e comparadas, mostrando um contraste entre o mundo capitalista e as ideias socialistas que dividem opiniões de diversos filósofos e especialistas à séculos.

Temas transversais: consumismo, alienação, trabalho, ecologia e Estado.

Objetivo do uso de filme: Abordar o conceito de alienação a partir da atitude desperdiçadora de nossa sociedade consumista, ou seja, abordando o universo capitalista de produção de mercadorias e de propagandas é possível estabelecermos uma discussão acerca de nossos objetivos nesse mundo e como nos relacionamos com os outros e as coisas para alcançarmos nossos objetivos.

Trabalho escravo: aprisionados por promessas

Gênero: documentário

Produção, Direção, Roteiro e Imagens: Comissão Pastoral da Terra (CPT), Centro pela Justiça e o Direito Internecional (Cejil) e Witness

Edição: Anne Checler

Ano: 2006

Duração: 17min

País: Brasil

Sinopse: Sinopse - O documentário retrata a situação de trabalhadores do campo aliciados e escravizados em fazendas e carvoarias, além de sugerir quais são hoje os principais desafios do combate para a erradicação do trabalho escravo no Brasil. A cada ano, mais de 25.000 trabalhadores rurais são escravizados por grandes proprietários de terra, no Brasil, principalmente na região Amazônica. Esse vídeo conta a história de homens que, em busca de trabalho, são enganados por promessas falsas e levados a fazendas distantes e isoladas. Submetidos a trabalhos penosos e obrigados a viver em barracos superlotados, sem água potável, eles são tratados como animais. 'Direito aqui é um tiro de espingarda', foi dito a um trabalhador. Endividados forçadamente desde o início de suas jornadas e sem saída, eles trabalham duro na esperança de comprar sua liberdade de volta.

Temas transversais: escravidão, liberdade, alienação, trabalho e democracia.

Objetivo do uso de filme: Estabelecer uma discussão acerca da democracia a partir da perspectiva do trabalho escravo. Além disso, esse filme permite-nos adentrar em discussões acerca dos fundamentos da propriedade privada e da exploração do trabalho, assim como da relação entre democracia e mercado mundial.



terça-feira, 17 de abril de 2012

Ouçam a VOZ do Filósofo!


Os estudantes e o motorista

Alguns dias atrás, comecei meu estágio observando algumas turmas de Ensino Médio e, num determinado momento, tive a oportunidade de dialogar com os estudantes. Aproveitei a oportunidade para satisfazer uma curiosidade e, ao mesmo tempo, procurar respostas a um problema que aflige nossas escolas de um modo geral. Enfim, um problema e uma curiosidade que, com certeza, outros compartilham comigo: “Por que a escola não é atrativa?”.

Foi, então, que perguntei à turma (vejam, 1º ano): “O que vocês mudariam na escola para torná-la mais atrativa, prazerosa?”. Ao que eles responderam: “diminuiríamos a carga horária de algumas disciplinas!”; “teríamos aulas com mais prática e menos teoria!”; “traríamos um laboratório de química para a escola!”; “melhoraríamos o lanche!”; “trocaríamos alguns professores!”; “mandaríamos construir um ginásio para a escola!”. Entre outras respostas.

Mas o dia não termina aqui. Na volta para casa – não estou fugindo do assunto, só conto outro fato para tentar extrair a lógica de ambos –, subindo a Avenida Presidente Vargas, o ônibus ficou parado no meio de um cruzamento com o sinal aberto, pois o congestionamento impediu o motorista de ir à frente. Ao meu lado, vinha sentado outro motorista com o qual conversava. Após ver o ônibus parado no cruzamento, o motorista que estava ao meu lado fez toda uma explicação de como o trânsito poderia ser melhor, mudando algumas rotas e, assim, diminuindo o congestionamento. Ao concluir sua análise falou o seguinte: “Os engenheiros, os políticos, enfim, quem organiza o trânsito, quando vão fazer pesquisa ou recolher sugestões de mudanças para as ruas, nunca tomam as sugestões de quem realmente vive tal realidade, no caso, os motoristas!”.

Após tais acontecimentos, já encarnado pelo “ voo da Coruja de Minerva”, foi então que percebi a relação entre os fatos. Quando são propostas mudanças, com finalidade de mudar para melhor, seja em saúde, educação, trânsito, segurança ou qualquer outra necessidade coletiva, os que realmente deveriam ser consultados são deixados, não sei por que cargas d’águas, de fora. E é onde poderíamos, talvez, encontrar as respostas.

Às vezes os problemas insistem não por falta de respostas, mas pela falta das respostas dos que realmente vivem o problema a ser resolvido. Da educação, nos estudantes. Do trânsito, nos motoristas. Portanto, a sugestão aos senhores representantes políticos é que ousem procurar as respostas para os problemas da polis a partir de outros “lugares”.

*Filósofo
VANDERLEI VIDAL ZENERO*

é dISSO QUE PRECISAM OS POLÍTICOS?cOMENTe

Entrevista com Walter Kohan!


Confira a nova matéria na Seção Filosofia na Escola da página da ANPOF: entrevista com Walter Omar Kohan: “Os riscos da institucionalização escolar da Filosofia”. 
Acesse:http://www.anpof.org.br/spip.php?article160
http://www.4shared.com/office/f1bLzwis/Os_riscos_da_institucionalizac.html

E o que você pensa sobre o assunto?



O QUE É ISSO?

PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO 2011-2014 
Pelo diário de Santa Maria do dia 06/12/2012:

Nova proposta para o Ensino Médio

Segunda a nova proposta pedagógica para o Ensino Médio Politécnico (2011/2014) “do ponto de vista da organização curricular, a politecnia supõe novas formas de seleção e organização dos conteúdos a partir da prática social, contemplando o diálogo entre as áreas de conhecimento; supõe a primazia da qualidade da relação com o conhecimento pelo protagonismo do aluno sobre a quantidade de conteúdos apropriados de forma mecânica; supõe a primazia do significado social do conhecimento sobre os critérios formais inerentes à lógica disciplinar”.

Para mim, o que está por trás dessa proposta é um velho conceito abordado na área da educação e que é muito pouco utilizado na prática – a interdisciplinaridade.

Mas o que se entende por interdisciplinaridade? Como se dá nossa relação com o mundo social, natural e cultural? E como se realiza um fazer docente pautado nesse conceito?

Algumas das maiores contribuições para o conceito de interdisciplinaridade vieram do Centre International d’Epistémologie Génetique, fundado em 1955 por Piaget, que dava continuidade a um trabalho de investigação interdisciplinar iniciado anos antes em colaboração com um de seus mestres, Edward Claparéde, fundador, em 1912, do Institut Jean-Jacques Rosseau, também em Genebra.

Para a Escola de Genebra, a interdisciplinaridade tem um forte sentido epistemológico, envolvendo a ideia de reconstrução de saberes a partir da identificação e da análise dos mecanismos teórico-práticos comuns às disciplinas. A interdisciplinaridade caracteriza-se por um ensino comum a duas ou mais disciplinas ou campos do conhecimento, ou seja, prevê a troca e a cooperação entre os profissionais ou áreas envolvidas.

A importância de se trabalhar interdisciplinarmente no contexto escolar está: em primeiro lugar, porque não se prende apenas a conteúdos específicos e descontextualizados que devem ser “vencidos”, sugere a busca de temáticas gerais e que façam parte do interesse da comunidade escolar; em segundo lugar, porque a interdisciplinaridade aponta para uma abordagem que integra com mais facilidade a ética, a estética e a política, com o conhecimento, superando a escola tradicional que trazia, instaurada em seu interior, uma ruptura com estes valores e o mundo social, natural e cultural.

Enfim, a construção de um currículo escolar pautado no conceito de interdisciplinaridade só será possível se houver muito diálogo e trabalho coletivo entre os professores, e principalmente, se a eles for oferecida e incentivada a formação continuada por parte das autoridades com o devido respaldo de uma proposta salarial digna de sua profissão.

Professor de Física da rede estadual
Fonte:http://www.clicrbs.com.br/dsm/rs/impressa/4,41,3654321,18937

O que você pensa sobre a proposta? Entendeu?
Compartilhe suas IDEIAS! 



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sugestões de leituras:
  • O Mestre Ignorante - Jacques Ranciére

  • Ensino de filosofia no limar da contemporaneidade: o que faz o filósofo quando sua profissão é ser professor de filosofia? - Rodrigo Pelloso Gelamo


  • O professor de filosofia: o ensino de filosofia no ensino médio como experiência filosófica - Renata Pereira Lima Aspis

RESUMO: O ensino de filosofia para jovens na escola justifica-se se esse for o ensino de criação de conceitos que dêem conta de seus problemas. Não há cisão entre filosofia e filosofar. O ensino de filosofia deve ser produção de filosofia como o fazem os filósofos, portanto o professor de filosofia deve ser filósofo. O ensino da disciplina filosófica no pensamento leva à criação de parâmetros filosóficos para o jovem criar a si e ao mundo de forma original e autônoma.

Palavras-chave: Ensino. Formação. Experiência filosófica. Professor. Criação de conceitos.


  • O que significam aprender e ensinar filosofia? Notas a partir de uma experiência no Colégio Pedro II - Ingrid Müller Xavier
RESUMO : O presente trabalho é uma investigação sobre os sentidos de uma tríade de conceitos considerados problemas que atravessam a prática dos ensinantes e aprendizes de filosofia: ensinar, aprender e filosofia.  O exame parte de um diagnóstico das inflexões nas subjetividades operadas por duas condições da cultura hipermoderna: a vídeo-imagem e a corpolatria e sugere que a repercussão sobre o ensinar e o aprender filosofia destas condições impulsiona à descentralização do ensino de filosofia do marco eminentemente focado na leitura e na escrita. O solo do trabalho é um conjunto de experiências realizadas no marco de uma tradicional instituição escolar pública da cidade do Rio de Janeiro tendo em vista uma educação filosófica. As experiências nele relatadas incluem encenações teatrais, uso de filmes e o trabalho realizado com textos do corpus filosófico. Os procedimentos adotados para pensar o que é ensinar, aprender e filosofia são de inspiração nietzschiana e privilegiam a filologia e a genealogia. Os filósofos escolhidos para pensar os problemas implicados nas relações entre ensinar, aprender e filosofia são Rancière, Kant, Nietzsche, Ortega y Gasset, Heidegger, Deleuze e Platão.  A investigação visita a noção de problema desde três perspectivas filosóficas, examina a questão do sentido e considera a formação de professores de filosofia. Problematiza o modelo ensinar e aprender norteado pela transmissão, bem como a noção  de formação e o vínculo filosofia e conhecimento e propõe as noções de experiência e de signo como sugestivas para pensar uma educação filosófica orientada pelo lema pindárico “venha a ser o que és”. 
PALAVRAS-CHAVE :Ensinar, Aprender, Filosofia, Problema, Sentido, Ensino médio, Formação de professores.

sábado, 14 de abril de 2012


Textos utilizados na escola Edna May:
  • Material de apoio para Leitura e Escrita Filosófica

  • Meditações metafísicas - René Descartes

  • A Política - Aristóteles

  • Ética a Nicômaco - Virtude é um hábito - Aristóteles

  • O Prazer como início e fim da vida feliz - Epicuro

  • Processo de trabalho e processo de valorização - O Capital - Karl Marx

  • Diga não às drogas - Luis Fernando Veríssimo

  • Liberdade e facticidade: A situação - Jean-Paul Sartre

  • Produção de um "Quase cordel Filosófico" escrito por ALUNOS DA ESCOLA EDNA MAY

Textos utilizados na escola Augusto Ruschi:
  • Material de apoio a Leitura e Escrita Filosófica


  • Cáp. XIII - Leviatã - Thomas Hobbes







    -Questões de apoio para compreensão do fragmento:
    http://www.4shared.com/office/9760417j/C-questes_sobre---fragmento_de.html
    Conheça um pouco da história e a estrutura do colégio 
    AUGUSTO RUSCHI




    JAI 2010


    JAI 2010


    JAI 2010


    JAI 2010


    JAI 2010


    Oficinas na Semana Acadêmica Filosofia-UFSM



    IV Seminário Local Filosofia na Escola e I Seminário Pibid UFSM





    IV Seminário Local Filosofia na Escola e I Seminário Pibid UFSM




    IV Seminário Local Filosofia na Escola e I Seminário Pibid UFSM





    IV Seminário Local Filosofia na Escola e I Seminário Pibid UFSM 



    Palestra com o Profº Dr. Mauricio Langon-Uruguay




    Palestra com o Profº Dr. Mauricio Langon-Uruguay




    Evento PIBID-UFRGS




    Evento PIBID-UFRGS



    Evento PIBID-UNISINOS


    Evento PIBID-UNISINOS



    Evento PIBID-UNISINOS



    PIBID Filosofia na escola Edna May




    PIBID Filosofia na escola Edna May




    PIBID Edna May Leitura & Escrita Filosófica




    PIBID Edna May Leitura & Escrita Filosófica




    PIBID Edna May Filosofia e Teatro




    PIBID Padre Caetano Filosofia e Cinema 



    PIBID Augusto Ruschi Filosofia e Teatro


    PIBID Augusto Ruschi Filosofia e Teatro



    PIBID Augusto Ruschi Filosofia e Teatro


    PIBID Augusto Ruschi Leitura & Escrita Filosófica



    PIBID Augusto Ruschi Filosofia e Cinema







    PIBID Augusto Ruschi Filosofia e Cinema




    Biblioteca Augusto Ruschi